sábado, 18 de abril de 2009

Curiosiadades sobre Itália

Um pouco da história de Itália


É uma longa história. Já se falava de Itália, pelo menos como entidade geográfica, na época dos etruscos, povo muito civilizado, como testemunham as peças conservadas em alguns museus, sobretudo na Toscana e no Lácio, as regiões dos maiores estabelecimentos etruscos (presentes também na Umbria, na Campânia, em algumas áreas das actuais Emília e Lombardia). Depois vieram os romanos, que, a partir do século III a. C., unificaram sob o seu domínio a península inteira (e grande parte da Europa).
A palavra Itália aparece numa moeda do século I a. C., cunhada pela confederação dos povos itálicos em revolta contra Roma. A moeda encontrada em Abruzzo, em Corfinio, a antiga Corfinium, capital da chamada confederação Itálica. O longo domínio de Roma (do século III a.C. ao século V d.C.) deixou rastros indeléveis na Itália: estradas, aquedutos, templos, monumentos, cidades, pontes, teatros. Memórias de um passado remoto e no entanto extraordinariamente presente, visível em cada canto da Itália, tanto no Norte quanto no Sul. Depois da decadência do Império Romano, a Itália foi invadida e dominada durante longos séculos por povos estrangeiros, sobretudo no Sul e na Sicília. No entanto, graças ao florescimento de cidades-estados independentes no Centro-Norte (Veneza, Florença, Siena, Génova, Milão), a Itália tornou-se um país florescente nas artes e no comércio, próspero e civilizado. No século seguinte, os pequenos estados independentes não resistiram às invasões de grandes estados como a Espanha e a Áustria. Só o pequeno reino do Piemonte permaneceu independente e, depois do parêntese da ocupação napoleónica, tornou-se o "motor" do Risorgimento, o grande movimento que levou, em 1870, à definitiva unidade da Itália, sob o comando da casa real dos Savoia. Depois da Segunda Guerra mundial, em 1946, um referendo popular aboliu a monarquia e proclamou a República. O resto é a história de hoje. Uma história inteira digna de ser vista.


Carnaval na Itália


A festa mais tradicional da Itália acontece na cidade de Veneza, onde os foliões invadem as ruas e salões com luxuosas fantasias e as mais belas máscaras de carnaval.

Nos dias 21 de Fevereiro até 3 de Março, a cidade fica tomada de figuras envoltas em beutas (capas de seda negra) e de máscaras brancas e douradas. As máscaras podem ser luxuosas ou mais simples e acessíveis aos turistas. As feitas de gesso e pasta de papel custam entre 15 e 40 reais. Mais do que uma festa de ritmo e música, a folia italiana é contemplativa.

O Carnaval Veneziano já era famoso desde o século XI, quando tinha a duração de seis meses e o uso das máscaras se tornou muito inconveniente em função do anonimato que ela concedia. No início, as máscaras tornaram-se um confortável hábito para os nobres inescrupulosos: mulheres podiam entregar-se aos prazeres do sexo com os criados sem se identificarem, e os poderosos matavam seus rivais impunemente. Bailes e festas se desenvolviam nas praças, ruas, e, principalmente, nos canais, lotados de Gôndolas especialmente enfeitadas para a festa.


Centros termais na Itália




A riqueza das águas minerais e termais em Itália, juntamente com o clima ameno e a beleza da paisagem, tornaram-na no local preferido para “o turismo da saúde”. Desde o último século, os hotéis com serviços adicionais, surgiram ao redor de termas, e tiveram reputação internacional. “Abano, Salsomaggiore, Chianciano, Montecatini, Fiuggi e Ischia” são somente alguns nomes entre os muitos que são conhecidos em todo o mundo e que atraem milhões de visitantes por ano.
Neste campo a Itália desenvolveu uma prática que foi divulgada amplamente através de toda a península desde a época dos Romanos, quando as águas e os banhos termais já eram uma característica típica da vida da cidade. O interesse pelas termas italianas não é exclusivamente de carácter de cura para a saúde. A sua proximidade aos grandes centros artísticos tornam os centros termais excelentes pontos de partida para as excursões culturais. Os parques esplêndidos, que circundam os centros termais mais famosos, e as infra-estruturas que foram criadas para as actividades recreativas, os tornam definitivamente os locais ideais para férias. As termas italianas não são somente aquelas que aproveitam os recursos da água quente (como o significado literal da palavra “termas” poderia sugerir), desde as fontes de água mineral, mas são também geralmente incluídas nesta categoria.
O factor característico para a presença da água quente ou de fontes minerais é a formação geológica da Itália, um país relativamente jovem, que é rico de fenómenos vulcânicos e permeados, em todos os sentidos, por uma intensa rede de canais de lençóis hídricos.
Uma região com uma alta concentração de termas é a Toscana. O aproveitamento deste recurso possui uma longa tradição. Um certo número de fontes, que já eram usadas na época dos Romanos, são ainda hoje populares, incluindo “Saturnia, Roselle, Chianciano e Chiusi”. Neste século as localidades termais toscanas modificaram-se para ser locais de encontros exclusivos e localidades para férias. “Montecatini e Chianciano” adquiriram uma importância crescente e as estatísticas confirmam a reputação que alcançaram. “Montecatini” conta com 1.700.000 visitantes por ano, enquanto “Chianciano” conta com 1.860.000.


Principais monumentos italianos


O Coliseu é um anfiteatro construído na época dos romanos. Localizado na cidade de Roma, a sua construção iniciou-se no ano de 72 e foi concluído no ano 80. Nele havia lugar para 100 000 espectadores, que iam presenciar as lutas dos gladiadores.
O Coliseu era também utilizado para expor criaturas selvagens raras e para travar batalhas marítimas, nas quais a arena era cheia de água.
O coliseu foi inaugurado com uma cerimónia na qual foram mortos cinco mil animais.
Embora o Coliseu tenha sofrido vários tremores de terra, grande parte ainda está em pé. Apenas se encontra em ruínas uma parte exterior da construção de pedra, porque serviu de pedreira acessível durante a Idade Média. Grande parte das pedras utilizadas na Basílica de S. Pedro, em Roma, foram retiradas do Coliseu.

O Vaticano é o menor Estado independente do mundo, incorporado na zona norte de Roma. Deve a sua existência ao facto de ser a sede da Igreja Católica, por ser a residência oficial do Papa, e também da Igreja Católica Apostólica Romana, a maior e a mais conhecida e numerosa das Igrejas Particulares da Igreja Católica.
O Vaticano foi dado pelo Tratado de Latrão, assinado por Benito Mussolini e o Papa Pio XI em 11 de Fevereiro de 1929.

A Torre de Pisa, começou a ser construída em 1174 e foi projectada para abrigar o sino da catedral da cidade de Pisa. Quando três dos oito andares estavam prontos, notou-se uma ligeira inclinação devido à insuficiência dos alicerces e às características arenosas do solo. Tentou-se compensar a falha fazendo os outros andares um pouco maiores do lado mais baixo. Só que a estrutura afundou ainda mais pelo excesso de peso. A torre acabou de ser erguida, inclinada, em 1350, atingindo 56 metros de altura. Hoje a sua inclinação chega a cinco graus (e aumenta em média 20 milímetros por ano).